Análise Genética da Península Ibérica Parte I

 17 de Março de 2022:

Por Felipe Schmidt Santa Catarina(F.S.S.C)

Análise genética dos povos da Peninsula Ibérica parte 1:

Utilizando a ferramenta Global 25 Coordenates, que transforma os dados genéticos das populações em coordenadas euclidianas, fora produzida uma calculadora com diferentes componentes da península. O primeiro componente a ser tratado é o "Iberian Bronze Age"(Ibericos da Idade do Bronze), ou Ibero Aquitano, a somatória das populações nativas da Iberia na idade do bronze, referenciadas como North Iberian Bronze Age(Vasco_Aquitanii), Northeast Iberia Bronze Age(Vasco_Aquitanii and Iberian) e Southeast Iberia Bronze Age(Iberians).


 
Mapa ilustrado por Felipe Schmidt Santa Catarina 
 
 

Ao tratar dos Iberos e Aquitanos, entendemos como populações resultantes da miscigenação entre povos Neoliticos e Calcoliticos da Peninsula Ibérica(Atlanticos Megaliticos, Bell Beakers da Idade do Cobre), cuja genética assemelhava-se à encontrada, conteporraneamente, nos povos da Sardenha, com invasores Bell Beakers da Europa Central, provenientes da expansão da cultura de cerâmica cordada, e portadores majoritários do Y-DNA R1b-DF27. Ao adentrarem a peninsula, os grupos Bell Beakers, falantes de línguas europeias, teriam constituído a elite dominante, e perdido, em partes, sua cultura e língua original, assimilando-se aos povos conquistados. Os povos formados por essa povoação foram os Iberos, Vascos, Aquitanos, Tartesos e , possívelmente, os Lusitani, como uma exceção a regra da Iberia na idade do Bronze, ao preservarem sua língua e cultura indo europeias. 

Mapa produzido por Maciamo Hay, Eupedia.Com
                                    Mapa que ilustra a difusão do ydna r1b-df27 na Europa.




Comentários

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

Os Germânicos I

Imagem
  Quem São os Germânicos? Julio César define as tribos Germânicas ao cruzar o Reno, informa que diferiam daquelas observadas na Galia em tradições e cultura, em seus relatos, mas, decádas antes de Cesar, outro general romano, Caio Mario, já havia se deparado com enfrentamentos diretos ante aos Cimbrios e Teutões. O surgimento das tribos germanicas, entretanto, advem de períodos muito anteriores à própria consolidação da Republica Romana, e para a compreensão plena de sua definição, precisamos retornar para a formação genética e cultural da Escandinavia e Planalto Norte da Alemanha.  Durante o neolítico, a cultura Linear Beaker Pottery(Cerâmica do Copo Linear), advinda do complexo Starcevo Balcânico, através do Danubio, expandiu-se para as zonas ao norte, misturando-se aos grupos caçadores e coletores Europeus Paleoliticos e criando a cultura Funnelbeaker, uma extensão do complexo mediterrâneo danubiano da Europa Central, durante o médio neolitico(cerca de 7500-8000 anos atrás)...
Leia mais

R1b Brasileiro

     Analisando os resultados, presentes no projeto Family Tree DNA Brasil, através da ferramenta de predição de STR'S Nevgen, obteve-se os seguintes resultados, para os haplogrupos de linhagem paterna Y R1b Brasileiros:     Como esperado, o R1b-Df27 sagrou-se como o haplogrupo predominante, refletindo a intensa colonização Ibérica, em especial, Lusitana, formadora e consolidadora do Brasil. Em Portugal, as médias do haplogrupo R1b são de 57%, destacando-se o R1b-Df27, com 30-35% dentre todas as clades. No Brasil, cerca de 50-55% de todas as clades de YDNA correspondem ao R1b, estimando-se que cerca de 21% de todas as linhagens paternas brasileiras são R-Df27, seguido pelo R-L21, com cerca de 12%, e o R-U106, com cerca de 9%, valores inferidos superiores às médias de Portugal, em ambos, com R-U152, em quarto, representando cerca de 6% de todos as linhagens paternas brasileiras, com valores inferiores aos encontrados em Portugal. Esperava-se que, como resultado d...
Leia mais

O Mito da Pureza Racial

Imagem
                  O Mito da Pureza Racial    Como um blog informativo, que presta-se ao serviço de esclarecer conceitos antropológicos  e genéticos, com enfoque especial na composição etnica, historicamente correlatada, dos povos, temos, como obrigação, derrubar alguns mitos que ainda perduram, por torpes motivos, na mentalidade de nosso público, de maneira geral. Deste modo, cabe a nós o dever de destruir o equivocado conceito da pureza etnica, muito fomentado , no século XIX e XX, sob a narrativa etnocentrista das pseudociencias racistas europeias. Sob a luz da razão areditamos que todos os preconceitos podem ser superados, através do conhecimento, das pesquisas, dos estudos, não de narrativas emocionalmente carregadas, de cunho moral, que pouco podem contribuir para a derrubada do racismo. Pelo contrário, apenas parecem fomenta-lo, na medida que não demonstram a estupidez das narrativa...
Leia mais