R1b Brasileiro
Analisando os resultados, presentes no projeto Family Tree DNA Brasil, através da ferramenta de predição de STR'S Nevgen, obteve-se os seguintes resultados, para os haplogrupos de linhagem paterna Y R1b Brasileiros:
Como esperado, o R1b-Df27 sagrou-se como o haplogrupo predominante, refletindo a intensa colonização Ibérica, em especial, Lusitana, formadora e consolidadora do Brasil. Em Portugal, as médias do haplogrupo R1b são de 57%, destacando-se o R1b-Df27, com 30-35% dentre todas as clades. No Brasil, cerca de 50-55% de todas as clades de YDNA correspondem ao R1b, estimando-se que cerca de 21% de todas as linhagens paternas brasileiras são R-Df27, seguido pelo R-L21, com cerca de 12%, e o R-U106, com cerca de 9%, valores inferidos superiores às médias de Portugal, em ambos, com R-U152, em quarto, representando cerca de 6% de todos as linhagens paternas brasileiras, com valores inferiores aos encontrados em Portugal. Esperava-se que, como resultado da imigração italiana para o Brasil, sua presença seria superior,todavia, a maioria dos imigrantes originou-se de regiões como o Veneto, Calabria, Campania e Sicilia, que possuem uma diversidade de linhagens R1b maior, com menor exclusividade do haplogrupo R-U152, com destaque para linhagens R-Z2103 e R-U106.
O R-L21, mais comum nas Ilhas Britanicas e Irlanda, recorrente, também, na Britania Francesa, País Basco e BENELUX,apresenta-se como segunda clade mais preponderante, muito que possivelmente pela migração da nobreza de individuos desses países para Portugal, que, por consequencia, derivaram em imigrantes da baixa nobreza para o Brasil.
A intensa presença do haplogrupo R-U106, denotado em maiores quantidades que em Portugal, decorre, primordialmente, da colonização italo-germanica do centro sul do país, mas não somente de, tendo sido localizada em diversas árvores de portugueses, de estirpe nobre e possível origem visigoda e franca, o que explicaria sua singular presença.
É importante salientar que, dado o caráter colonizador originário do Brasil, configurado, com intensa presença de individuos da baixa nobreza ibérica, alguns haplogrupos com ela associados acabam destoando entre as clades típicas portuguesas. Os pais fundadores do Brasil eram individuos da baixa nobreza, muitos dos quais deixaram numerosos descendentes, promovendo um massivo efeito fundador em diversas regiões, como João Ramalho, Jeronimo de Albuquerque, Diogo Alvares Correa, etc.. o que pode prescrever o motivo de estipuladas divergências entre os resultados brasileiros e portugueses, mediante prevalência de outras linhagens. Ademais, Espanhois, Italianos, Alemães, Eslavos, Levantinos e individuos das mais diversas hereditariedades, deixaram suas marcas na povoação brasileira, cada qual carregando linhagens muito especificas de R1b, tal como o R-V88, minoritariamente presente no Levante(Libano, Siria, Palestina, Israel..), e que também auxiliam na explicação de pressupostas diferenças.
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